6 cuidados evitam os principais problemas no câmbio automático
Boa parte dos problemas no câmbio automático poderiam ser evitados com condução e manutenção preventivas do veículo. Por isso, orientar seus clientes com as dicas deste artigo pode criar uma importante relação de confiança dele com sua oficina: além de aumentar consideravelmente a vida útil do câmbio, você pode ajudá-lo a se livrar de muitas manutenções desnecessárias.
Confira quais são os cuidados essenciais que você deve ensinar ao seu cliente, neste artigo especial em parceria com o Portal MCA (Meu Câmbio Automático). Boa leitura!
1. Nunca engatar marchas opostas com o veículo ainda em movimento
Em situações de pressa, é comum o condutor não esperar o carro parar completamente antes de mudar da posição D (Drive) para R (Reverse), ou vice-versa.
Esse descuido pode causar diversos danos na transmissão e em seus componentes: desgaste ou até mesmo quebra engrenagens, buchas, entre outros.
Ao mudar marchas opostas com o carro em movimento, ocorre desgaste acentuado e antecipa a necessidade de manutenções de alto custo, com valores que facilmente ultrapassam os R$5.000,00.
>>> Aprenda mais sobre a posição R do câmbio Automático
2. Jamais engatar a posição P(Parking) antes do veículo parar completamente
A função da posição P (Parking) é manter o veículo travado enquanto está estacionado. Ou seja, ela não serve para o veículo quando ainda está em movimento – essa função é dos freios.
Em veículos mais modernos provavelmente seja impossível cometer este erro. Modelos mais novos contam com sensores de velocidade inteligentes, que bloqueiam esta ação. Porém, boa parte dos automáticos com mais de cinco anos de vida não possuem esse dispositivo. Nesses casos a atenção deve ser redobrada.
>>> Aprenda mais sobre a posição P do câmbio Automático
3. Não engatar posição N quando parar no semáforo.
Há mitos populares sobre desgastes excessivos na transmissão ao deixá-la na posição D com o veículo parado. Além de ser Fake News, esta conduta pode causar sérios danos à transmissão.
De fato, o correto é manter a alavanca na posição D ao invés de N quando parar o carro com o motor ligado – como no semáforo, por exemplo. Quando a função Drive está ativa, o sistema hidráulico mantém a lubrificação ideal dos componentes que serão necessários para colocar o veículo em movimento em instantes.
Já na posição N (Neutro), o fluxo de óleo é menor, levando as engrenagens a não terão lubrificação suficiente para trabalhar quando o veículo começar a andar.
Além disso, o veículo está em ponto morto, o que dá ao condutor pouco controle e aumenta os riscos em casos de necessidade manobras de emergência.
>>> Aprenda mais sobre a posição D do câmbio Automático
4. Nunca engatar no N em descidas ou desacelerações
Ao deixar o carro na posição N (o ponto-morto do automático) em descidas, o condutor terá menos controle e maiores riscos. E tudo isso a toa: pois não há benefícios de economia de combustível.
Acontece que mesmo com a marcha posicionada em D, carros automáticos reduzem (ou até cortam) o consumo combustível momentaneamente quando o carro está contando com a força da gravidade para se mover, como em descidas ou desacelerações.
Além de não economizar e correr riscos desnecessários, essa conduta ainda pode ocasionar danos à transmissão. Isso porque, quando a alavanca está na posição N o motor opera em rotação mínima, ao mesmo tempo em que o veículo se movimenta rapidamente ladeira abaixo. Assim, a transmissão fica dessincronizada com o motor, aumentando riscos de danos internos por lubrificação insuficiente.
>>> Aprenda mais sobre a posição N do câmbio Automático
5. Jamais acelere o carro parado
Acelerar o carro automático em ponto morto e em seguida engatar Drive pode até garantir efeito visual e sonoro ficam parecidos com os filmes de ação… Mas no final das contas é o bolso do dono do carro quem sofre as consequências.
Quando as marchas são trocadas, usam o fluxo do óleo para mover diversos componentes, como, cintas e embreagens. Ao acelerar o veículo em posição N e trocando rapidamente para o D, esses componentes se desgastam prematuramente, podendo perder a fricção e fazendo a transmissão patinar quando estiver engatada.
6. Não deixe entrar água na transmissão
Se entrar água na transmissão, ela será absorvida e a cola que fixa o os materiais de atrito (cinta e embreagens) se dissolve. Isso forma uma massa branca e gelatinosa que se espalha pela carcaça da transmissão e, em muitos casos, a remoção é praticamente impossível.
Outro risco é enferrujar as peças de metal da transmissão, gerando avaria total e necessidade de trocas de sistemas inteiros.
Mecânico bom é aquele em que o cliente pode confiar!
Talvez, ao longo da leitura dessas dicas, reparadores inexperientes possam pensar: “não faz sentido dar ao meu cliente dicas que fará seu carro gastar menos e eu ganhar menos dinheiro com os reparos”.
No entanto, ao ensinar os condutores a cuidarem melhor dos seus veículos, é construída uma relação de confiança, que fideliza o cliente, atrai indicações e reforça muito o nome da oficina e do profissional em questão no mercado. E pode ter certeza: isso vale muito mais que dinheiro!
Estudos apontam que proprietários de carros estão dispostos a pagar até 50% a mais para contratar oficinas em quem confiam. Sabe o que isso significa? É seu “nome na praça” gerando mais lucratividade: trazendo mais dinheiro com menos esforço braçal na sua oficina.
Curtiu essas dicas? Então dê um passo a mais e confira essas outras três dicas imperdíveis de conteúdo que temos para você!
Uma Coprodução
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